07/04/2014

ENTREVISTA COM A JORNALISTA HELENA MADER




Por Aruanda Lustosa, Débora Viana, Marcos Lenmah e Raphael de Araújo


A Jornalista Helena Mader, que desde 2004 escreve para o jornal Correio Braziliense, atualmente escreve sobre política e outros assuntos relacionados ao DF para o caderno de Cidades do referido jornal e é também uma das editoras do Blog Eixo Capital. Fez a cobertura de todo o desenrolar da operação Caixa de Pandora e do envolvimento da deputada Jaqueline Roriz.

Em entrevista ao Grupo Jornalismo N9, Helena Mader revela alguns pontos importantes e peculiaridades que um jornalista encontra na cobertura de um caso que apresenta certa complexidade, como o caso da operação Caixa de Pandora, que envolveu desde funcionários públicos, empresários e grandes figurões da política local. Uma dessas figuras é justamente a deputada Jaqueline Roriz, uma peça fundamental do Clã Roriz, que atualmente ensaia uma volta mais atuante ao comando dos mais importantes escalões do governo do Distrito Federal.

Helena revela desde seus primeiros passos na cobertura política local, até os cuidados e postura que adota atualmente para poder desempenhar a cobertura de fatos relacionados à política. Acompanhe a entrevista:




Foto: Arquivo pessoal/Helena Mader


Jornalismo N9: Quando era estudante já tinha interesse pela cobertura nessa área de política?

Helena Mader: Não, na época de faculdade eu me interessava mais por outros assuntos, como por exemplo, cultura.
N9: E a política, em que momento apareceu? 

HM: O interesse pela política surgiu na rotina da redação.

N9: Qual foi a maior dificuldade que você encontrou na sua vida profissional até hoje?

HM: Não houve uma grande dificuldade. Os obstáculos são pequenos e cotidianos.

N9: Que tipo de obstáculos?

HM: A dificuldade de localizar uma fonte importante, contratempos na apuração, mudanças no rumo da pauta, déficit de fotógrafos e motoristas, etc.

N9: O que torna mais complexa a atuação do jornalista que cobre a política aqui do DF?

HM: A atuação na política local do DF não é complexa. A cobertura é interessante e até simples, já que envolve personagens de um amplo leque de instituições, como governo, Câmara Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça. Portanto, há muita notícia e muita fonte. A maioria é de fácil acesso para os repórteres.

N9: Que peculiaridades um jornalista deva ter ao lidar com fontes relacionadas a fatos políticos?

HM: Cada jornalista confia mais em determinadas fontes do que em outras. Isso é uma questão pessoal, de relacionamento e confiança. Então, essa relação varia de acordo com o entrevistado.

N9: Que cuidados o jornalista deve ter nessa relação com suas fontes?

HM: Checar informações com o maior número possível de fontes. Ao receber uma informação, o ideal é verificar a veracidade com pessoas diferentes, de preferência com fontes de confiança do repórter.

N9: Política é uma área vasta para o Jornalismo. Isso facilita ou exige mais de quem cobre essa área?

HM: Para mim, isso facilita a cobertura. Existe um número grande de fontes de informações no jornalismo político, que vão desde consultas ao Diário Oficial até conversas com pessoas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

N9: Um lugar ou setor em especial pra se conseguir boas pautas e informações?

HM: No governo, é possível conseguir boas informações com o primeiro escalão, mas também com assessores, funcionários e até secretárias e motoristas!

N9: Um conselho para um estudante de jornalismo que deseja seguir na área do jornalismo político. HM: Leia muito. Acompanhe o noticiário diário, as revistas semanais, mas, principalmente, leia sobre a história política do país.
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