07/04/2014

TRADIÇÃO NO COMÉRCIO DAS QUADRAS DE CEILÂNDIA



A oferta de comércio nas quadras de Ceilândia, maior cidade satélite do Distrito Federal, é muito grande. Entre pequenas mercearias, quiosques nas ruas ou bares, esses comerciantes que trabalham de maneira informal precisam se reinventar de tempo em tempo para conseguirem fazer com que seu “pequeno negócio” continue gerando lucros.

Há mais de trinta anos com seu próprio negócio, Lúcia Santiago de Sousa (foto), se mantém forte e animada mesmo aos 72 anos. Dona Lúcia, como é conhecida na ruas de Ceilândia, explica que desde que chegou em Brasília na década de 70 não parou de trabalhar no comércio. “Como não haviam muitas padarias no início dos anos 80, encomendávamos meu esposo e eu, pães e leites de uma padaria em Taguatinga, para vendermos aqui em casa todos os dias pela manhã”, explica Dona Lúcia. Após isso, construiu na frente de sua casa um espaço que depois viria a se tornar sua principal fonte de renda, o “Bar da Dona Lúcia”. Ao longo desse tempo, essa jovem senhora precisou se reinventar para não perder clientes. No início vendia apenas bebidas e hoje as opções vão desde petiscos, doces e sorvetes à jogos de futebol exclusivos de TV por assinatura. Ela explica que a pessoa que não sabe trabalhar de forma inteligente acaba não dando certo nesse mercado. “Meu lucro vem das vendas “fiadas” que faço. Todos me pagam no início do mês. O dinheiro que consigo com as vendas do dia a dia, uso para comprar mais mercadoria”.

E como o “Bar da Dona Lúcia”, existem tantos outros espalhados pelas quadras de Ceilândia. Andando pelas ruas, percebe-se que essas pessoas usam suas próprias casas para exercerem seus trabalhos. São mercearias, marcenarias, vendedores de marmitas, costureiras, aulas de reforço, oficinas mecânicas e etc.

Todos buscando de alguma forma melhorar de vida e conseguir sobreviver a esse mundo tão difícil.

Por Raphael de Araújo
N9 Notícias Web Developer

Morbi aliquam fringilla nisl. Pellentesque eleifend condimentum tellus, vel vulputate tortor malesuada sit amet. Aliquam vel vestibulum metus. Aenean ut mi aucto.